Balde de Feedback
Eu conheço o feedback sanduíche, aliás, quem não conhece? Ele é tão conhecido que nem cola mais. Fala a verdade? Quando você vai aplicar, o profissional já fala: “ah ta bom, pode pular para a parte do que eu preciso melhorar. Fala logo, deixa de enrolo.” Então eu descobri o Balde de feedback.
Eu me surpreendi quando li o livro: Preciso saber se estou indo bem. O livro conta uma história que mostra a importância de dar e receber feedback. É um livro gostoso de ler, e conta um case, que nos leva a reflexões interessantes.
Dar feedback é sempre um desafio. Graças ao livro, eu conheci o Balde de feedback.
O livro apresenta os 4 tipos de feedback, conforme figura abaixo.
Feedback Positivo
Em síntese, basicamente é você reforçar o comportamento positivo que você quer que se repita. Encha o balde das pessoas de elogios verdadeiros.
Aqui eu entro dizendo que estou aplicando com um membro do time, e vou te contar, esta dando muito certooooooo. Super recomendo. Ele melhorou muito, é uma ótima abordagem. Aliais quem não gostaria?
Não somente eu, mas alguns outros membros do time, também acabaram aderindo, dando feedbacks positivos para aquele profissional, no dia a dia, e nas Retrospectivas.
Mas atenção, tome cuidado, se você assim como eu, tiver algum membro ciumento, e ele por vezes escutar esses elogios, pode não gostar. Por não entender a técnica, ele poderá se achar injustiçado, já que ele performa bem sempre.
Assim, chame ele no particular e converse sobre a técnica e o objetivo. Tenha certeza que ele saiba da importância dele para o time e para o projeto. Para mim esse papo funcionou.
Feedback Corretivo
Em síntese, se o Feedback anterior não funcionar, e for preciso corrigir um comportamento para melhoria de resultados, você deve passar para esse próximo passo, o Feedback corretivo.
Definitivamente, Imposição, persuasão e ameaça não são eficazes. Afinal, só dura até você virar as costas. Enfim, se você força uma solução ou tenta persuadir, quem esta assumindo a responsabilidade psicológica por isso? Resposta: Você.
Antes de mais nada, lembra lá dos artigos da Neurociência? Comece o feedback pelo emocional (Feedback Positivo). Em seguida, será necessária uma resolução, então, leve as pessoas para o racional, através de perguntas!
- De um feedback positivo, reforce o que a pessoa é e o que ela faz.
- Faça perguntas orientando o rumo das conversas, de forma que o próprio colaborador sugira uma boa maneira de resolver o problema. Dessa forma, ele se torna responsável pela solução. Faça com que o profissional pense aonde ele deseja chegar.
Em suma, se os feedback anteriores não funcionarem, utilize o ultimo recurso:
Instruções para corrigir um comportamento
Descreva:
- um comportamento necessário
- as consequências do comportamento
- como você se sente com relação ao comportamento
- escreva por que você se sente dessa forma
- o que precisa ser mudado.
Aqui, nessa parte do livro, sobre corrigir um comportamento, imediatamente, eu vi a similaridade com a CNV (Comunicação Não Violenta). Alguém mais??? Segue abaixo:
- Observação: Fatos e dados sem julgamento e sem juízo de valores, para não ser recebido com 4 pedras na mão.
- Sentimentos: Indique o que esta sentindo em relação ao que se observa. A ideia é expressar a sua vulnerabilidade. Aqui é o gatilho para resolver o conflito.
- Necessidades: Informe suas necessidades, valores e desejos relacionados aos sentimentos demostrados anteriormente.
- Pedido: Informe exatamente o que você precisa com consciência, de forma que a outra pessoa entenda e possa te atender. Sem exigências, pois isso faz perder todo processo até aqui.
Em conclusão, perceberam a incrível diferença do feedback sanduíche para esses feedbacks ensinados no livro?
Informações sobre a autora: Jacqueline Viana é Scrum Master e é apaixonada por agilidade.