Métodos para descoberta do produto
Definitivamente, estamos expostos a diferentes métodos para descoberta do produto. Mais afinal, para que serve cada um? Quando utilizar cada um? O que cada um entrega de fato? Qual é a diferença de cada um?
Enfim, pensando nessas perguntas, desenvolvi esse artigo, que de forma resumida, visa dar uma esclarecida nessas questões.
Antes de mais nada, em qualquer projeto, a primeira coisa a ser feita, é descobrir o que é necessário desenvolver. Lembrando que minha abordagem aqui é para software, site ou aplicativo.
Afinal, o cliente sabe o que ele quer, sim ou não? Se sim, o que o cliente quer, trará os benefícios esperados por ele? Como aumentar o percentual de sucesso do Projeto?
Logo, esse é o momento de lançarmos mão dos métodos para Descoberta do Produto.
Design Thinking
Primeiramente, é uma abordagem que facilita otimizar a geração de ideias novas. Em síntese, ele estimula interações para criar inovação.
Logo, para dar certo, ele precisa justamente da multidisciplinaridade, ou seja, de vários pontos de vista sobre a mesma questão, para conseguir abarcar com isso a melhor solução.
Em sua proposta, esta metodologia traz o olhar humano para contextualizar os problemas. E a partir deste, mapear a cultura, as experiências pessoais, os processos na vida dos indivíduos.
Enfim, aqui a entrega é um protótipo de interface de alguma idéia nova.
Lean Inception
Antes de mais nada, Lean Inception é o nome dado ao workshop colaborativo realizado durante 5 dias, para alinhar os stakeholders sobre qual é o produto mínimo viável (MVP) a ser construído. Ou seja, antes de sair fazendo, há uma sequência de atividades para definir objetivos, estratégias e escopo do produto. Aqui se usa técnicas de Design Thinking com uma abordagem de Lean Startup.
Em suma, o resultado aqui é um canvas com a definição do MVP.
Design Sprint
De antemão, esse é um método desenvolvido pelo Google destinado a planejar e testar novos produtos em cinco dias. Do mesmo modo, que o Lean Inception, aqui também é um workshop colaborativo. Dessa forma, é destinado a responder questões críticas de negócio.
Em síntese, daqui também sai como resultado um protótipo construído validado ou não, por possíveis clientes. Com o resultado em mãos, pode-se pivotar, por não ser possível desenvolver. Pode ser necessário rodar novamente o método para definir e testar outras possíveis soluções. Ou então, validar e partir para desenvolvimento.
Aqui também se usa técnicas de Design Thinking.
Lean Startup
Desde já, Lean Startup, cria com rapidez um produto mínimo viável (MVP) e busca a opinião do cliente o mais rápido possível. Com base nas respostas obtidas, faz-se novas versões com ajustes até encontrar o produto ideal.
Imagem 1 – Esquema para entendimento sobre descoberta de produtos
Lean Thinking
Em conclusão, Lean Thinking significa “Pensamento enxuto”. É uma maneira de pensar e atuar. A ideia principal é maximizar o valor do cliente e minimizar o desperdício. Visa eliminar etapas nos processos, que não geram valor, e causam atrasos desnecessários. Reduzir a burocracia. É centrada no cliente e baseada na melhoria incremental contínua e no respeito pelas pessoas.
Mínimo Produto Viável
Em suma, refere-se a um produto em desenvolvimento, com as funcionalidades mínimas capazes de permitir um teste de aceitação com seu público alvo. O objetivo do MVP é acelerar o aprendizado, fazendo com que você aprenda com o cliente, identifique que ajustes são prioritários, economizando horas de desenvolvimento para finalizar um produto, que talvez não atenda às expectativas de seu cliente.
Protótipo
Em síntese, tem o objetivo de dar vida às ideias. É a representação concreta de algo que estava na imaginação. A palavra vem do grego, protótupus, significa, a primeira forma. No processo de construção de negócios, produtos e serviços, os protótipos podem ser utilizados em diferentes níveis de fidelidade.
Podemos afirmar que todo MVP é um protótipo. Mas que nem todo protótipo está maduro o suficiente para ser um MVP.
Imagem 2 – Diferenças entre Protótipo, MVP e Produto.
Após ser escolhido o método para descoberta do produto, e com o produto definido, é partir para construir. Nessa próxima etapa podemos escolher entre nossos queridos: Scrum, Método KANBAN ou XP.
Fontes:
http://blogs.pme.estadao.com.br/blog-do-empreendedor/qual-a-diferenca-e-as-semelhancas-entre-um-prototipo-e-um-mvp/
Informações sobre a autora:
Jacqueline Viana é Scrum Master na Concrete Solutions, e é apaixonada por agilidade.
Cofundadora Agile Pink