Tuckman – Como conduzir equipe ágil?

Quando recebemos a consultoria da K21 na Squad, para fazer um trabalho de Coaching, logo, uma das minhas primeiras perguntas foi, sobre a condução de equipe ágil.

Enfim, me foi apresentado o modelo de TUCKMAN. Eu não conhecia, e que, em síntese, através dele, eu poderia identificar em que momento estamos como time, e consequentemente, qual seria a melhor forma de conduzir a equipe ágil.

Então, a resposta da consultoria foi: Depende! Será por que não me surpreendeu? 🙂

De antemão, eu fui estudar, para entender melhor o assunto. Assim, compartilho aqui com vocês. 

Segundo Tuckman, que foi quem realizou uma pesquisa sobre a Teoria da Dinâmica de Grupo, as equipes passam por algumas etapas, para que possam trabalhar bem juntas.

Conforme a figura, veja que, os estágios não são lineares. Além disso, algumas equipes simplesmente ignoram um estágio, e outras oscilam entre essas etapas. As equipes podem avançar ou retroceder no ciclo de desenvolvimento de grupo. E até mesmo, ficarem presas em um estágio menos desenvolvido que o desejado. E, sim, tudo isso afeta a produtividade.

Vamos conhecer cada etapa e a sugestão de como lidar com cada uma na equipe ágil.

1 Formação – Forming 

É o estágio inicial, no qual os membros estão começando a interagir.

É caracterizado por uma grande dose de incertezas. As pessoas estão se conhecendo, estão conhecendo as regras, relações de confiança ainda não foram estabelecidas, e há um grande comprometimento de cada um.

Nessa fase, o líder facilitador deve direcionar, dando diretrizes do que deve ser feito, definir grau de autonomia e evitar expor cada membro para o time como um todo.

2 Tormenta / Atrito – Storming 

Caracterizado pela ocorrência de diversos conflitos no grupo, por conta de personalidades diferentes, divergências técnicas e falta de confiança.

Nessa etapa há pouca colaboração e retenção de conhecimento.

Nessa fase, o líder facilitador deve fazer Coaching, para ajudar a criar um ambiente de confiança. Trabalhar individualmente cada membro e facilitar falarem de comportamentos e relacionamentos.

3 Normatização / Normação – Norming 

Nesse momento, oss integrantes começam a ficar mais próximos uns dos outros.

Surge um sentido de identidade, e os membros começam a agir como uma unidade coordenada. Aqui as pessoas colaboram, compartilham, há confiança mútua, estão abertos a críticas, respeitam as diferenças, admitem erros e fraquezas e há transparência no trabalho. O time tende a se auto-organizar.

Nessa fase, o líder facilitador deve apoiar o time a progredir, estimular pequenas sugestões e desafios para que o time não se acomode.

4 Desempenho – Performing 

Frequentemente, esse é o estágio, no qual a estrutura do grupo é funcional e aceita, nesta fase o grupo está coeso.

Aqui o time é criativo e colaborativo, criam conhecimento e chamam atenção uns dos outros. Eles sentem a moral afetada quando não atingem os objetivos e alto grau de produtividade.

Nessa fase o líder facilitador deve delegar pois a equipe já consegue seguir as práticas ágeis sem precisar integralmente do Scrum Master. Mas este deve se manter presente para sempre que o time precisar.

Em conclusão, devemos pesquisar as melhores técnicas e ferramentas para lidar com cada fase da equipe ágil.

Fonte:

https://pt.slideshare.net/esterlimadecampos/feedback-a-comunicao-em-favor-da-construo-do-time


Informações sobre a autora:

Jacqueline Viana é Scrum Master na Concrete Solutions, e é apaixonada por agilidade.

Cofundadora Agile Pink