A Transformação Digital e os seus pilares
Após a minha ida ao evento da Addtech chamado Addtalks, onde eu tive o prazer de ouvir o Victor Gonçalves falar sobre o assunto Transformação Digital e os seus pilares, eu escrevi esse artigo para vocês, com o que eu aprendi por lá.
Foram apresentados os 5 Pilares da transformação digital:
- Pessoas – Os clientes são pessoas e são eles que compram, desejam, confiam ou não, no seu produto ou serviço. Os profissionais são pessoas, e são eles quem produzem. Pessoas felizes produzem mais. Resultado é consequência de trabalho bem feito. É preciso dar valor as Pessoas.
- Valor – é preciso tocar o coração das pessoas, elas vivem para ter experiências, independente se você tem um produto ou serviço. É preciso entender o que passa na cabeça das pessoas. Atividades colaborativas na empresa, levam a resultados de maior valor.
- Tecnologia – é o que preciso para girar a roda.
- Dados – sobre interpretação de dados de BI e Big Data. Os dados devem ser relevantes, enxutos e consciente.
- Diferenciação – é fazer aquilo que não foi feito ainda para as pessoas. Para isso, temos o Desigin thinking, que parece algo novo, modinha, mas foi citado já na década de 70, lá pela segunda guerra mundial, e foca em observar o comportamento humano, com o objetivo de ter ideias criativas inovadoras.
Imediatamente, note que todos os pilares voltam ao primeiro: Pessoas. É necessário ter consciência, sensibilidade e entender de pessoas. Em suma, a transformação tem que ser antenado a pessoas mais do que modelos de negócios, e mais do que alteração de tecnologia.
Definitivamente, as pessoas (clientes) mudam a maneira de consumir, dessa forma, acarreta a necessidade de mudança em processos, que são feitas através de pessoas (profissionais). Em conclusão, as pessoas, são o maior ativo da organização.
Então, é importante ter uma gestão de mudança, por que a transformação digital, é um movimento de mudança na empresa toda, e as pessoas não gostam de mudanças, e para explicar isso, entenda que o cérebro das pessoas gasta 2% de energia quando fazendo coisas conhecidas, e gasta 20% de energia para fazer coisas novas.
Mas, independente disso, como diz o filósofo Heráclito::” a única coisa constante é a mudança.”
Depois nos foi apresentado a aplicação da cultura, filosofia e mindset nos pilares para realizar a transformação digital:
- Valor – atenda o seu guest .E isso não quer dizer fazer pelo outro, aquilo que você gostaria que fizessem por você, pois você não é parâmetro para nada, o outro não é igual a você. Você tem que descobrir o que é valor para o outro (cliente e profissional).
- Mapear ou priorizar o valor – as pessoas não compram o que, as pessoas comprar por que, então é necessário mapear o real valor das pessoas e priorizar.
- Fluxo de valor – elimine os desperdícios, seja Lean para acabar com extra processamento, pois ele não ajuda a gerar valor. Eliminar excessos torna as pessoas mais engajadas, mais felizes e resulta em melhores entregas.
- Produção Puxada – termine algo antes, de começar outra coisa, assim se ganha velocidade e qualidade.
- Equipes voltadas para um mesmo objetivo – deve-se trazer engajamento, no que cada profissional faz, e tratar o grupo como um organismo coeso. A maioria das empresas tem missão, visão e valores, mas os profissionais não conseguem se conectar com isso, por que cada um, tem crenças e propósitos diferentes. É preciso ligar os valores dos profissionais com os valores da organização. Dessa forma, as empresas precisam aprender a contratar, muitas vezes o RH avalia skills que não precisa. Frenquentemente, é preciso contratar pessoas de cultura diferentes, das que trabalham na sua empresa, para ajudarem nas mudanças. Outro ponto importante, é sobre gestão. Para quem não sabe: o verbo inglês “to manage” foi originalmente derivado do maneggiare, palavra italiana, que significa manusear e treinar cavalos. – Kurtz and Snowden, “Bramble Bushes in a Thicket”. Então, não seja um gerente de pessoas, seja um líder e gerencie processos. È preciso dar liberdade criativa e permitir falhas. Pois se as pessoas não estão errando, não estão aprendendo, e nem tendo possibilidade de inovação. É preciso transparência. Aprender o que desmotiva e o que é valor para as pessoas (profissionais).
É preciso transparência. Aprender o que desmotiva e o que é valor para as pessoas (profissionais).
Definitivamente, as empresas normalmente pensam em chamar a figura do Coach, em suma, para ajudar na transformação ágil e digital. Porém, deve haver a consciência, que esse perfil não deve ser técnico, não é um Scrum Master de longa data. O Coach tem que fazer um trabalho de desenvolvimento pessoal, interpretando o que os indivíduos da organização querem. Em síntese, esse profissional deve ir no Gemba, que significa lugar verdadeiro, ou seja, é onde os trabalhos são realizados. E a partir de observação do ser humano (profissionais), descobrir o problema e gerar soluções, isso é inovação.
Dessa forma, um exemplo prático de inovação, é a história do easy taxi. A empresa, validou uma hipótese de serviço, com uma página simples. O próximo passo era colocar para funcionar, e decidiu-se não trabalhar com cooperativa. Foi realizada uma proposta aos taxistas, para trabalharem para o aplicativo easy taxi, através de um telefone Nextel. Os taxistas rejeitaram a proposta. O que foi feito?
O dono da idéia, ficou observando os taxistas durantes dias, e descobriu que diariamente, no fim de tarde, os profissionais paravam no ponto, para ver revistas de pornografia. A proposta de valor da Nextel, não provia esse valor para os taxistas. Dessa forma, o dono da easy taxi, ofereceu então, o seu o aplicativo num smartphone, mostrando as eles, que teriam a pornografia liberada de graça, por que a internet oferecia isso para aqueles aparelhos. Foi uma novidade, e agregou valor aos taxistas.
Em conclusão, hoje a easy taxi esta ai e é um sucesso. Logo, para a verdadeira inovação, não é preciso grandiosidade ou de dinheiro, é preciso atitude de pessoas engajadas.
Informações sobre a autora:
Jacqueline Viana é Scrum Master na Concrete Solutions, e é apaixonada por agilidade.
Cofundadora Agile Pink