Como a Design Sprint pode ajudar em seu projeto?

Seu cliente tem uma necessidade e sua equipe não consegue definir como exatamente atender esse cliente de uma forma bem assertiva? Talvez a Design Sprint seja uma boa solução nesse caso.

Design Sprint é um processo, criado pelo Google, que dura 5 dias e te ajuda a definir um produto, para atender um determinado problema e medir a sua aceitação. A maior vantagem do Design Sprint é que você não precisa esperar lançar uma primeira versão do produto para só então saber se ele vai ser bem aceito por seu público alvo. Como a validação da ideia em si já faz parte do processo, ao final desses 5 dias você já consegue ter uma ideia se a sua solução será bem aceita ou não.

Mas então, o que você precisar para fazer uma Design Sprint?

Você precisa de um facilitador para o processo e essa pessoa precisa conhecer bem as etapas da Sprint e conseguir conduzir as atividades para que elas sejam realizadas de forma assertiva dentro do prazo estipulado para cada uma delas. Também é importante que o facilitador conheça bem o problema que precisa ser solucionado. Além do facilitador, será necessário também envolver alguns papéis chaves dentro desse processo, como por exemplo: pelo menos um designer para te ajudar no protótipo final, um programador ou uma pessoa com perfil mais técnico para te ajudar na avaliação técnica da solução, um stakeholder e uma pessoa que conheça muito bem o seu público alvo para te ajudar a entender se a solução será bem aceita por eles.

Conseguiu definir todos os participantes, então está na hora de entender como funcionam as etapas da Design Sprint. De uma forma bem resumida, para a Design Sprint teremos 5 dias de trabalho, divididos da seguinte forma:

Desing Sprint Methodology
Fonte: designsprintkit.withgoogle.com

Dia 1: entender e definir

No primeiro dia a ideia é criar uma base de conhecimento entre todos os participantes, ou seja, colocar todos na mesma página sobre o problema que precisa ser tratado. Essa é a hora que a pessoal especialista sobre o negócio deve articular o problema e alinhar com todos sobre o negócio, os usuários e também as questões tecnológicas, além de todas as informações relevantes para o caso.

Depois do problema entendido por todos, é necessário definir qual o foco da Design Sprint, identificando quais são os resultados esperados e como será medido.

Dia 2: esboçar

O segundo dia é o dia de esboçar todas as ideias possíveis. A ideia é gerar o máximo de ideias possíveis para atender o problema tratado no dia anterior. Ao final desse segundo dia, seria interessante cada participante ter uma ideia para apresentar ao restante da equipe.

Dia 3: decidir

Para o terceiro dia, cada participante deve compartilhar sua solução proposta e então a equipe irá debater e entender qual das soluções propostas será a escolhida.

Dia 4: prototipar

É chegada a hora de prototipar o conceito definido pelo time! No quarto dia, a equipe tem como objetivo criar um protótipo que seja real o suficiente para vocês conseguirem validar a ideia. Não é necessário desenvolver a aplicação, mas é importante criar um front que represente de forma muito realista qual a solução você deseja testar.

Dia 5: validar

No último dia, a equipe deve apresentar seu conceito aos usuários envolvidos no processo. É a hora de colher os feedbacks dos usuários e conduzir também revisões técnicas. A ideia é finalizar essa Sprint seja com um conceito validado pelo cliente ou um conceito que necessite de algumas alterações.

Para cada etapa desse processo, podemos usar modelos e técnicas que facilitem a discussão e ajudem a equipe a encontrar a solução de forma mais rápida, sem perder o foco. De qualquer forma, ao final de sua Design Sprint você conseguirá um excelente progresso com sua equipe para chegar a solução que melhor atenda em seu problema inicial. Se você ainda não conhecia os principais conceitos é muito valido testar em seu projeto, e claro, usar os princípios da Design Sprint da melhor forma para atender o seu cliente e criar um produto muito mais eficiente.


Informações sobre a autora:
Roberta Borda é Scrum Master e Gerente de Projetos. Mora em Curitiba
e trabalha com projetos ágeis no setor de telecomunicações.