#NoEstimates
Primeiramente o objetivo desse artigo não é concordar ou discordar sobre o assunto #NoEstimates, e sim ser informativo. Cada pessoa vai ter a sua opinião sobre o tema, mas para isso é necessário primeiro obter o conhecimento. Então vamos a ele:
Origem do #NoEstimates
O movimento #NoEstimates teve origem em 2012, quando Woody Zuill coach Ágil, iniciou uma discussão no Twitter com membros do mundo de desenvolvimento de software usando a hashtag #NoEstimates. A motivação surgiu quando ele começou a perceber problemas e disfunções no uso de estimativas no gerenciamento de desenvolvimento de software há muitos anos.
Problemática
A preocupação por trás do movimento era que a estimativa, em certos contextos, poderia ser fútil e apenas perder tempo. Alguns afirmavam que focar demais na estimativa pode causar uma diminuição na produtividade, pois muitos casos, os membros da equipe consideram a estimativa uma coisa negativa, algo que invoca o medo porque:
- É um desafio fazer qualquer estimativa, quanto mais fazer uma estimativa precisa. Suponha que o projeto seja vago, pois os requisitos não estão claros ou o prazo está sujeito a alterações. Se o projeto é de natureza um tanto vaga, como algúem pode esperar que os desenvolvedores façam uma estimativa precisa?
- Os desenvolvedores geralmente acabam trabalhando de acordo com as estimativas criadas por alguma liderança, que normalmente são pessoas que não são especializadas em desenvolvimento de software e, portanto, têm um entendimento escasso de suas peculiaridades.
- As estimativas muitas vezes são transformadas em promessa de quando e como o projeto deve ser entregue. Consequentemente, quando essa “promessa” não é cumprida, não é apenas o cliente que fica chateado, mas toda a equipe.
Solução do #NoEstimates
Em síntese o #NoEstimates reconhece os problemas acima citados e incentiva a busca de alternativas. Tem o intuito de aumentar a produtividade de gerenciamento no domínio do desenvolvimento de software, permitindo que a equipe priorize recursos e tarefas, tome decisões razoáveis e crie uma estratégia de trabalho viável.
Em conclusão o #NoEstimates em ação seria desenvolver software sem fornecer uma estimativa final de entrega ao cliente e apresentar regularmente o progresso do projeto. Visa eliminar alguns dos aspectos que complicam a entrega de um bom software. Permite feedback mais rápido, menos tempo perdido e melhor qualidade da decisão, além de melhorar muitos outros fatores. Para encurtar a história, torna o trabalho dos desenvolvedores de software mais fácil e eficiente.
Enfim, o movimento não pressupõe que todas as estimativas sejam ruins e devem ser evitadas. Zuill pediu ao seu público no Twitter que considerasse o valor da estimativa e as soluções que ela traz para os projetos.
De 2012 para 2019
Para saber se o conceito #NoEstimates ainda era relevante em 2019, foi perguntado ao criador do movimento, Woody Zuill, o que ele acha. Aqui está o que ele nos disse:
“É sempre relevante questionar as práticas que usamos. Para citar Grace Hopper: ‘A frase mais prejudicial do idioma é:’ Sempre foi feita dessa maneira. ” Muito do que é feito no gerenciamento do desenvolvimento de software é simplesmente o que sempre fizemos. Devemos estar dispostos a questionar o status quo com uma mente aberta e a parar de defender essas práticas. Nosso caminho a seguir depende disso. ” Qual técnica de estimativa de desenvolvimento de software funciona para o seu projeto? Compartilhe seus pensamentos e experiências com o movimento.”
Eu não sei você caro leitor, mas eu me senti um desafio ai nas palavras do Zuil, solicitando dados e fatos que mostrem que as estimativas funcionam.
Algumas questões para pensar: Fazer estimativas acrescentam algum valor na entrega de projeto? Precisamos realmente das estimativas? Mas os clientes normalmente cobram isso, o que fazer?????
Referência: https://www.epicflow.com/blog/noestimates-outlook-in-2019-is-it-still-relevant/
Informações sobre a autora: Jacqueline Viana é Scrum Master e é apaixonada por agilidade.
