Como formar um time ágil: 4 dicas para estruturar sua equipe perfeita!

À primeira vista quando se pensa em formar o time, pode vir aquela ideia: “Poxa isso é supertranquilo”, diante de tantos outros  desafios envolvidos numa implementação ágil ou num processo de transformação ágil.

Será que é simples assim?

O que frequentemente algumas pessoas pensam é: “Ah coloca todos sentando lado a lado e Pronto!” Será que essa mágica acontece assim?

Enquanto estiver pensando em Agilidade como “ método” pode ser que a sua resposta tenha sido “sim” para essas perguntas.

Entretanto, se pensar que no centro da “Agilidade” temos as pessoas, onde só elas podem produzir a melhor experiência para o publico alvo (que são pessoas a experimentarem o seu melhor) você terá que ir além dessa proposta.

Aceita esse desafio? Vamos em frente!

Antes de tudo, vamos aos fatos:

  • Quando uma empresa está fazendo a transformação ágil é porque precisa mostrar os “resultados da agilidade” e
  • Frequentemente no curto ou médio prazo.

Logo, isso requer pessoas trabalhando com:

  • Senso de urgência,
  • Automotivação,
  • Tendo atitude,
  • Mais preparadas e
  • Mais adeptas a mudança,
  • Sabendo se comunicar com assertividade e
  • Entendendo do negócio e como fazê-lo.

Portanto, não é só colocar pessoas trabalhando juntas, certo?  Elas precisam ter algumas dessas principais características.

Nesse sentido, aqui acontecem pelo menos dois cenários:

  1. autonomia para definir quem são as pessoas do time ou
  2. Essa possibilidade é remota e você terá de trabalhar com as pessoas designadas.

Com certeza existem prós e contras de cada cenário de formação do time. Entretanto nesse post você aprenderá 4 dicas aplicáveis a esses dois cenários.

Vamos as 4 dicas!

  1. Defina as competências da sua “equipe perfeita”

Comece analisando o que seria uma “equipe perfeita” para o seu contexto.

Identifique quais são os skills (conhecimentos, competências e habilidades) que as pessoas precisariam ter para que fosse garantido tudo o que o time precisará para fazer um trabalho eficiente e  se tornem o time de alta performance.

Em seguida,  guarde essa informação, ela será só um norteador para identificar o que será necessário desenvolver na equipe inicial formada. O que significa isso?

Inegavelmente, na constituição da equipe inicial, você poderá até conseguir ter os melhores perfis técnicos necessários (sejam os profissionais que pensam na estratégia ou os que desenvolvem o produto/serviço), no entanto,  quem disse que isso basta? Colocar vários “super” heróis trabalhando lado a lado fará o resultado milagroso acontecer?

De forma similar, foi o que técnico da seleção Brasileira da copa de 2014 pensou quando “juntou os melhores”. Embora individualmente os jogadores são esplendidos, o resultado não foi nada bom: “o Brasil perde de 7 a 1 da Alemanha e sofre a pior goleada em 94 anos”.

Ora, isso não foi falta de sorte e sim a prova de que só colocar “junto” e formar uma equipe, não terá o time.

  1. Tenha um time equilibrado

Surpreendentemente, a mágica para a formação do time ágil está em ter um time equilibrado, encontrar pessoas que são boas tecnicamente (não necessariamente as melhores) e maduras comportamentalmente. Ou seja, ter um perfil que facilita as interações,  forte capacidade de adaptação e com alta propensão para a criatividade nas soluções.

No intuito de fomentar essa abordagem, trago a seguinte citação de Peter Drucker. Ele que é considerado  como o pai da administração moderna:

 “As pessoas são contratadas pelas suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelos seus comportamentos “ Peter Drucker

Ora, para algumas pessoas ele pode parecer duro ao citar isso. No entanto, trazendo para o nosso contexto, vemos que Peter Drucker fomenta a relevância de estarmos atentos aos Soft Skills no contexto do trabalho.

Ele nos provoca a prestar a atenção que não basta o profissional ser o excelente  tecnicamente, se ele tem problema de comunicação e não consegue trabalhar em time,  ou não tem resiliência  ou até mesmo tem pouca inteligência emocional, incorrendo dificuldades nas interações previstas no contexto do ágil.

Se você quiser se aprofundar no assunto,  confira o post:  Formar um time? Conheça 4 técnicas para te ajudar no Mapeamento de Perfis

  1. Faça plano de ação para desenvolver as pessoas e ter “o time”.

Depois de mapeado os perfis é momento de saber como desenvolvê-los, aproveito para deixar 3 dicas de Daniel Goleman[1]:

  1. Aprenda a administrar as suas emoções: reconhecendo o que te faz “sair do sério”. Assim, quando tiver naquela situação mapeada, poderá tomar outra atitude de forma mais consciente.
  2. Aprenda a gerenciar seu tempo: Saber ouvir e ter uma comunicação eficaz. Por exemplo, comunique sua decisão com boa vontade e de maneira educada, saiba se comunicar gentilmente.
  3. Crie uma cultura de feedback: Solicite e dê feedback peça para familiares, amigos, professores, gestores.

Assim como o time que precisa se desenvolver, os gestores dessas pessoas que possuem um novo papel e precisam de cuidado para dar autonomia aos seus liderados em prol do resultado do time  ágil.

  1. Apoie o gestor para dar autonomia as pessoas

De acordo com Célio Pinto, um dos sócios da Search Consultoria em Recursos Humanos, em entrevista publicada no terra[2] (2015),  as pessoas não são recursos porque não nascem prontas.

Por isso, há a gestão de pessoas que tem a ver com o desenvolvimento (geralmente por indicadores de desempenho, saiba mais sofre OKR).

É por isso também que, o mercado vem trazendo boas práticas de gestão (gestão 3.0) como uma forma do gestor funcional atuar nesse contexto de agilidade onde os times são auto gerenciáveis.

Para saber mais sobre  a Gestão 3.0, dentro em breve, aqui no blog você poderá acessar o post: Management 3.0 e as gerações X e Y. 

Em resumo,  finalizo esse post reafirmando que a diversidade de skills existe e é necessária. Saiba que mesmo se você tiver autonomia total  para contratar pessoas, poderá ter que fazer escolhas como a de um profissional que é excelente tecnicamente (conhecedor do produto ou de como fazê-lo) e que tenha pouco dos soft Skills.

Diante disso, considere desenvolver pessoas, isso  faz parte desse contexto. Para isso é fundamental o papel de facilitador que possui habilidades e conhecimentos para elevar o patamar de desenvolvimento individual e por consequência do time .

Além do facilitador, contar com apoio do gestor funcional dessas pessoas é somar forças nesse desenvolvimento.

Enfim, saiba que se eu tivesse de responder em uma frase o que é mais efetivo na formação de equipe poderosa falaria “Descubra o propósito de vida das pessoas que compõe essa equipe e mapeie o que o produto, serviço ou projeto que se propõe a realizar contribui para esse seu proposito”.

Esse é o poder! O proposito é a magia que move as pessoas para o seu mais alto potencial. Aguarde! Em breve publicarei o post sobre esse assunto.

[1] https://www.napratica.org.br/tudo-sobre-autoconhecimento/

[2] https://www.terra.com.br/economia/gestao-de-recursos-humanos-ou-de-pessoas-entenda-as-diferencas,95b56695a80f46964f48698b7a37d051glwbysn3.html