Kanban
O quadro Kanban é uma ferramenta para gestão visual de um sistema puxado, dessa forma, serve para qualquer tipo de trabalho. Ele também é usado por metodologias e/ou frameworks de gestão ágil: Método Kanban, Scrum, XP etc. Sob o mesmo ponto de vista, “é Just in Time” e o fluxo de tarefas é contínuo.
Antes de mais nada, o sistema puxado, na agilidade, é fazer o necessário, quando necessário, produzindo apenas aquilo que for gerar valor no final, logo, elimine o desperdício. No nosso contexto reflete bem a famosa frase:” Pare de começar e comece a terminar”.
Figura 1 – https://leankit.com/learn/kanban/kanban-board/
Por outro lado, o Método KANBAN, idealizado por David J. Anderson, consiste em executar um sistema Kanban (sistema Puxado) focado em kaizen. Em síntese, é uma ferramenta para expor problemas, gerar questionamentos e criar oportunidades de melhoria no fluxo de trabalho.
Assim, a ideia é, promover pequenas alterações no processo ao longo do tempo com o objetivo de obter uma menor resistência às mudanças. Enfim, estimula desenvolvimento e transformação gradual progressiva além de crescimento e aperfeiçoamento para processos e sistemas. Na figura abaixo segue uma sugestão da ordem do Kaizen, mostrando na prática o como fazer:
Figura 2 – Kanban e Kaizen
Em conclusão, com a gestão visual no dia a dia, a equipe identifica de forma rápida, se tem atividades paradas muito tempo em alguma coluna, afinal, tem o WIP limitado. Em suma, o WIP causa um congestionamento de tarefas das colunas anteriores, que não conseguem prosseguir para a próxima coluna. Dessa forma, resulta, que todos de forma colaborativa, voltem seus esforços para resolução do problema que causou o impedimento na tarefa.
No Método KANBAN, na prática, fazemos “meetings” com o objetivo de ir aplicando os Kaizen, e assim, identificar e aplicar as oportunidade de melhorias das mais diversas, além das já citadas acima. Assim também, como tem o objetivo de alinhar sobre impedimentos mais complexos, esses que não são resolvidos no âmbito do dia a dia da equipe.
Logo abaixo veremos métricas para Kanban de forma visual:
Figura 3 – Métricas
- WIP (Work in Progress) = Total de itens que podem ficar em andamento na coluna, é o limite de capacidade de trabalho.
- Throughput = Quantidade média de itens que ficam prontos num período de tempo (semanas/meses)
- Lead Time = A diferença entre o momento que a tarefa é considerada “em progresso” até o momento que ela entra em seu estado final.
- Wait Time = Tempo que uma tarefa fica parada aguardando alguma coisa
Lei de Little sobre Teoria das Filas
Em síntese, a Lei de Little diz que, em um sistema estável, a quantidade média de tempo que algo leva para atravessar um processo é igual ao número de coisas no processo dividido por sua taxa de conclusão média. Seguem fórmulas:
Lead Time = WIP / Throughput => exemplo 4 (itens capacidade) / 5 (entregues) = 0,8 –> 1 semana
Throughput = WIP / Leadtime => exemplo 4 (itens capacidade) / 1 (semanas) = 4 itens entregues na média
E por fim por que adotar o método KANBAN? Em conclusão , citei alguns benefícios:
• Construir uma cultura Kaizen (melhoria contínua) que é um componente do LEAN;
• Tempo de ciclo curtos, oferecendo rapidez;
• Melhor gestão nas mudanças de prioridade;
• O processo é simplificado;
• Maior visibilidade dos projetos;
• Redução de desperdício;
• Redução de custo (Uma menor curva de perda de capacidade);
• Elimina atividades que não agregam valor para a equipe;
• Melhora a motivação e desempenho da equipe.
Enfim, espero que esse artigo seja útil, e antes demais nada, que tenha sido simples e claro.
Fontes:
https://blog.planrockr.com/o-que-%C3%A9-lead-time-cycle-time-e-reaction-time-5bc4d13d0ac9
Informações sobre a autora:
Jacqueline Viana é Scrum Master na Concrete Solutions, e é apaixonada por agilidade.
Cofundadora Agile Pink
Show!
Muito didático e acessivel.
Parabéns, meninas!
Obrigada, Sandra!
Oi Jackeline, ótimo o artigo, está de parabéns! Tem um pequeno erro de grafia “world in progress”, deveria ser work in progress.